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Clube protagonizou histórias repletas de acontecimentos marcante

Muitas pessoas sentem saudades dos tempos em que o coro da torcida entonava na Baixada: “Na Baixada, no Alto Vale, em qualquer outro lugar.

“A camisa atleticana, faz o povo delirar” ou “O Atlético é o time da virada!”.  Paixão do torcedor grená e respeitado no cenário do futebol de Santa Catarina. Este é o Clube Atlético Hermann Aichinger (CAHA), o Atlético de Ibirama, que completa 70 anos de fundação no dia 20 de setembro.

A história do time, que projetou grandes jogadores para o cenário nacional no masculino e feminino, começou em 1951, após em uma reunião no bar de Geraldo Stoll. Após isso, o clube protagonizou histórias repletas de acontecimentos marcantes, craques e futebol ofensivo. Aqueles que acompanham e admiram o ‘o Time da Baixada’ se emocionam por tudo que o clube viveu.

Toda esta história foi lembrada no sábado, dia 18, ocasião marcada por atividades comemorativas, como jogos envolvendo os ex-jogadores do clube e o lançamento da camisa alusiva aos 70 anos do Atlético de Ibirama.  No dia, houve uma programação especial, com jogos no Estádio Hermann Aichinger.

 A baixada recebeu os atletas da equipe de 1992 para uma partida contra o União às 10h do sábado (18). Também aconteceram jogos dos Meninos da Baixada (CME Ibirama) contra a FMD de Rio do Sul, às 8h45. Após foi servido o almoço, o time feminino do Atlético de Ibirama entrou em campo contra o União de Timbó (14h30) e o Master Ibirama jogou em seguida, contra o Master de Presidente Getúlio.

“Não podemos deixar passar em branco a passagem desta importante data, mas claro, temos limitações por conta das restrições impostas pela pandemia, que dificulta realização de eventos. Lançamos uma camisa comemorativa e buscamos parceiros que já apoiavam o Atlético em outras ocasiões buscamos novos parceiros”, disse o presidente do Atlético de Ibirama, Joel Wippel.

As camisetas promocionais alusivas aos 70 anos do Clube, estarão a venda na Luffa Variedades (Loja do Fabrício), na G3 Esportes e no período da tarde no Estádio da Baixada. Quem for o sócio do Clube e que tiver com sua mensalidade em dia, vai ter desconto na compra.

Sociedade Desportiva Industrial

Organizada em julho de 1944, a Sociedade Desportiva Industrial ficou sem atividades por três anos consecutivos. Já com a idealização do time e durante os primeiros quatro anos de sua existência, o Atlético de Ibirama teve como presidente Alberto Lessa, e os seus locais de jogo e sede eram alugados. “O time foi fundado oficialmente em 1951, sucedendo a Sociedade Desportiva Industrial, que nasceu na fábrica de caixas de charutos ”, acrescenta o presidente.

A partir de março de 1955, Hermann Aichinger doou para o clube, um local para construção de um estádio e sede. Assim nasceu o Estádio da Baixada, e a mudança de nome para Atlético Hermann Aichinger.

Primeiro ano de profissionalização

Durante seus primeiros 40 anos, o clube disputou campeonatos amadores da região. Nesse período, passou por algumas crises financeiras, e em 1990, já com Genésio Ayres Marchetti como presidente, após anos inativo, voltou com trabalhos de base.

Em 1992, conquistou o título de campeão catarinense de futebol amador, o que lhe deu o direito de disputar a segunda divisão do Catarinense profissional em 1993, neste mesmo ano, sagrou-se campeão catarinense.

Em 1994, o Atlético disputou a elite, com direito a reformas no Estádio da Baixada. No ano seguinte, uma crise financeira atingiu o clube, e foi optado pelo desligamento da FCF, assim voltando apenas a disputar competições amadoras.

Em 2001, volta ao futebol profissional, e mais uma vez na segunda divisão, conquista o título.

Após o acesso, em 2003 se mantém, e nos dois anos seguintes – 2004 e 2005 –  foi alcançado o vice-campeonato Catarinense, o que credenciou o clube do Vale do Itajaí para disputa dar Série C do Brasileirão em 2004, e a Copa do Brasil em 2005, assim como em 2006. “É uma história longa de um clube vencedor. Esse nome ficou forte em nível de estado e nacional, com a participação da série C. Temos que manter este nome e quem sabe, em um futuro próximo, voltar ao certame catarinense”, disse Wippel.

Revelação

Em 2007, chega à Ibirama um garoto do interior do Paraná, rejeitado após testes nos grandes de São Paulo e que veio tentar a sorte no clube de Ibirama. Este garoto era Leandro Damião.

Aprovado após testes, devido a pouca idade, foi emprestado para Marcílio Dias, XV de Indaial e Atlético Tubarão. Em 2009, volta para o Atlético de Ibirama e é o artilheiro do time no Catarinense com 12 gols em uma campanha em que o clube terminou como quinto colocado. Após essa boa campanha junto ao Hermann Aichinger, Leandro Damião desperta o interesse e é vendido ao Internacional de Porto Alegre, sendo a maior venda de jogador no Atlético de Ibirama.

Fora do futebol profissional

No ano de 2010, o Ibirama tem uma campanha bem discreta, e com dificuldades financeiras, abandona o futebol profissional. O abandono do Atlético de Ibirama culminou com a volta repentina da Chapecoense à elite catarinense, já que havia sido rebaixada no mesmo ano. A volta – mais uma – do Ibirama ao profissional, foi logo em 2011 após pedidos incessantes de sua torcida.

O Time da Baixada, disputou a segunda divisão catarinense e terminou como vice, depois de perder a final para o Camboriú, porém ainda assim conquistou o acesso.  Disputou a primeira divisão de 2012 à 2015, e em 2016 anunciou a desistência do futebol profissional e em 2018 teve início ao Projeto Meninos da Baixada/CME Ibirama.


Volta ao futebol profissional

A volta ao futebol profissional está confirmada com o time feminino do Hermann Ainchinger. As Meninas da Baixada vão para o Campeonato Catarinense Feminino de 2021. Oito equipes vão disputar o título a partir de 25 de setembro.

Também está em andamento um projeto para a volta do Time da Baixada para o futebol profissional. O PL 5516/2019 agora sancionado permite a mudança das equipes de associações civis sem fins lucrativos para o chamado clube-empresa. Conforme o presidente do Atlético de Ibirama, Joel Wippel, o Marco legal do clube-empresa irá possibilitar uma série de avanços para os clubes de futebol, que há muito, enfrentam desafios com a gestão, principalmente financeira. De acordo com o texto, o modelo da SAF submeterá os clubes à regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), abrindo a possibilidade de levantar recursos por meio de emissão de debêntures e ações.

O projeto SAF deverá contribuir para que os planos se consolidem.  “Antes mesmo da aprovação da lei, já havíamos mantido alguns contatos com empresários do ramo de futebol e outras pessoas que tive a oportunidade enquanto fui diretor do Atlético e acompanhei o então presidente do clube Ayres Marchetti. Tive a oportunidade de conhecer várias pessoas e troquei algumas ideias com elas. Estamos, de uma forma incipiente ainda, com a ideia de formar uma empresa para poder fazer um projeto sólido para participar de uma competição estadual de profissionais”, revela.